Hortus Deliciarum / Jardim das Delícias
ALCÁCER DO SAL, Auditório Municipal, 24 de Janeiro de 2009, 15.30 horas
CORELIS - Coro da Relação de Lisboa
Victor Roque Amaro, direcção
Viagem simbólica em redor do “Internum mare”/“Mediterraneum”. Música vocal da Idade Média e Renascimento, à procura da vivência de harmonias sonoras e emotivas que nos devolvam ao (nosso) Jardim das Delícias, ou nos recordem o (nosso) Paraíso Perdido. A dor e a festa ruidosa dos sentidos ou a intimidade do homem do Mediterrâneo e a sua “fé no Sul”. A laranja, o mirto e a oliveira; os pinheiros, as palmeiras e os ciprestes; A espiritualidade e a(s) arte(s).
Viagem simbólica em redor do “Internum mare”/“Mediterraneum”. Música vocal da Idade Média e Renascimento, à procura da vivência de harmonias sonoras e emotivas que nos devolvam ao (nosso) Jardim das Delícias, ou nos recordem o (nosso) Paraíso Perdido. A dor e a festa ruidosa dos sentidos ou a intimidade do homem do Mediterrâneo e a sua “fé no Sul”. A laranja, o mirto e a oliveira; os pinheiros, as palmeiras e os ciprestes; A espiritualidade e a(s) arte(s).
Programa
Hinos e “Laude” do tempo dos mouros…
Oi me lasso (Lauda) - Laudario di Cortona (sécs. XII-XIII)
O Divina Virgo Flore - Laudario di Cortona / Anónimo (sécs. XII-XIII)
Cânticos de tolerância na sociedade ibérica renascentista…
La morenica (villancico) - Anónimo (sec.XVI)
La Justa (ensallada) – Matteo Flecha (c. 1480-1553)
Meus olhos van per la mare - Anónimo (séc. XV)
A Música do Novo Mundo ou o refluxo cultural…
Balaio (dança tradicional brasileira) - harm. de Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
A tradição europeia… A liberdade e o conhecimento
Gloria sei dir gesungen Coral- Cantata BWV 140 J.S. Bach (1685-1750)
Biblioteca(s) (séc. XXI) - Filomena Lima / V. Roque Amaro / David Zink
Everybody sings freedom (Espiritual Negro)
Intérpretes
CORELIS - Coro da Relação de Lisboa
Nascido em 1993 no Tribunal da Relação de Lisboa, integra actualmente não apenas magistrados e funcionários judiciais, como outros quadros da administração pública e advogados tendo sido inicialmente dirigido pelas maestrinas, Paula Coimbra e Carmen Rodrigues. Desde Outubro de 2007, é seu maestro titular, Victor Roque Amaro. Realizou mais de uma centena de concertos, não só em cerimónias oficiais das instituições a que está ligado, mas também tem actuado em conhecidos palcos como os da Sociedade de Geografia, Museu do Traje, Palácio da Independência, Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, entre outros. No ano de 2002 lançou, no Fórum Lisboa, o seu primeiro CD - Acordes e Acórdãos. Do seu repertório constam peças musicais variadas, com incidência nas canções populares nacionais e europeias, nas canções do Renascimento e do Barroco, principalmente ibéricas, e nalguma música sacra de épocas diversas. Desde Janeiro de 2007 integra o projecto multidiscipinar Ars Integrata, com o qual tem actuado, destacadamente na Culturgest e no Palácio Foz. Mais recentemente tem animado visitas e eventos culturais em salas de exposições, galerias de arte e museus visando uma articulação interactiva e reciprocamente enriquecedora entre os espaços visitados e a actuação musical.
Victor Roque Amaro, maestro
O seu percurso musical como intérprete, investigador e de direcção está ligado sobretudo à musica vocal, mas também à instrumental renascentista e barroca. A sua integração no Coro Gulbenkian, durante cerca de 35 anos, contribuiu para uma aprendizagem contínua e intensa da música coral, tanto de câmara como sinfónica. Dirige habitualmente formações de câmara, corais e orquestrais, em concertos patrocinados por entidades diversas: Fundação Calouste Gulbenkian (Museu Gulbenkian), Secretaria de Estado da Cultura, Instituto Português das Artes do Espectáculo, Patriarcado de Lisboa, Palácio Nacional da Ajuda, de Mafra e mecenas diversos. Entre outros, dirigiu e/ou fundou o Coral Vértice (grupo vocal masculinos, incluindo vozes brancas), até 2001, o Concertus Antiquus, grupo vocal e instrumental de Música Antiga, desde 1984, o Coro Dom Luis I (fundado no âmbito da sua investigação no Palácio da Ajuda, desde 1989), com os quais participou em diversos festivais no País e no Estrangeiro (França, 1995 e Itália, 1998) e efectuou 4 registos sonoros (CD). Em 2005, foi o Director Artístico convidado do último Festival dos Capuchos (Almada). Como conferencista e professor de técnica vocal, tem sido convidado para diversos eventos em todo o país. Nos últimos anos, vem privilegiando os diálogos interculturais nas suas diversas manifestações artísticas. Dirige o Educ(ant)are desde 1995 e o Corelis, desde Outubro de 2007.
participação especial (in Biblio-te-ca-s):
David Zink, voz, stonepack e sintetizador
Ecléctico por formação e temperamento, no plano musical embora particularmente dedicado aos instrumentos electrónicos, sem esquecer a formação inicial nas classes de guitarra e piano do Conservatório Nacional, assume-se como multi-instrumentista semi-autodidacta, com influências polissémicas recolhidas nos universos barroco, romântico e impressionista, mas também na avant-garde, no jazz, na pop e no rock criativos. No final de 2006, fundou o Ars Integrata Ensemble, retomando um conceito de ligação não subjugada entre poesia e música (indissociáveis na matriz greco-latina), que desenvolvera durante os anos 1990-92 com Natália Correia (1923-1993) e outros poetas da sua tertúlia, mas alargando-o a outras formas de arte. Tem actuado a solo e em grupo, em Portugal e no estrangeiro, desde pequenos espaços de animação a grandes salas de concerto, como na Culturgest, Fundação C. Gulbenkian, Palácio Foz, Palácio-Convento de Mafra, etc.