Termina na próxima 6.ª feira, na Fábrica da Pólvora (em Barcarena, no concelho de Oeiras) o Festival Sete Sóis, Sete Luas. A presente edição terá sido, no cômputo geral, porventura a mais fraca a que assistimos (Oh, Crisis!!! ...What crisis?). Ainda assim, houve dois grandes momentos (sem considerar aqueles a que não assistimos, como os concertos da transnacional 7Luas Orkestra e do grupo francês Vaguement la Jungle), os quais importa destacar: as actuações de Korrontzi (País Basco) e de Ana Gonzalez y su gente (Andaluzía). É, por isso, grande a expectativa para o concerto de encerramento de Mor Karbasi (Israel), depois de no mês anterior ter passado pelo mesmo palco o grupo Esta seu conterrâneo, que, apesar de um desempenho que agradou, não chegou a deslumbrar como sucedera no ano transacto com o excelente Eyal Sela e o seu “Call of the Mountain”, a provar que a música popular não tem que ser primária para conseguir a adesão do público. Assim, às 22 horas, lá estaremos para fruir a voz sedutora de Mor e ajuizar da qualidade dos músicos que trouxer na sua bagagem, tendo em conta que no seu currículo se inclui uma passagem pelo prestigiado Festival da Womad, de Peter Gabriel.
Mas, recomendamos a ida mais cedo para poder apreciar a exposição de fotografia de Paulo Martins patente no mesmo complexo (Edifício 51), o qual, metodicamente tem vindo a registar para a posterioridade os bons momentos que se têm vivido na Fábrica da Pólvora ao longo das diferentes edições do Festival, a par de outras realizações promovidas pela Câmara Municipal de Oeiras, em laboriosas imagens feitas de saber técnico e sensibilidade estética, sem perder de vista o sentido documental.